O pequeno vilarejo de Fazenda Nova, município de Brejo da Madre de Deus, agreste de Pernambuco, tornou-se internacionalmente conhecido depois que, em 1951, um grupo de amigos e parentes comemorou a páscoa de uma forma original, encenando o “Drama do Calvário”. Os atores, na maioria agricultores humildes, não poderiam imaginar o sucesso em que se transformaria, com o passar do tempo, sua paixão de Cristo. Tanto cresceu o espetáculo que, em 1968, foi inaugurada a cidade-teatro de Nova Jerusalém.
A iniciativa original partiu do patriarca Epaminondas Mendonça, depois de ter lido em uma revista como os alemães da cidade de Oberammergau encenavam a Paixão de Cristo. Já a idéia de construir uma réplica da cidade de Jerusalém partiu de Plínio Pacheco, que chegou a Fazenda Nova em 1956 e levou 12 anos para concretizar seu projeto.
Emoção. Esta a melhor palavra para definir o mega espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, encenado todos os anos no maior teatro ao ar livre do mundo.
Os números da Paixão são tão grandiosos e expressivos quanto o próprio espetáculo. A cidade-teatro em Fazenda Nova , palco da grandiosa encenação, espalha-se num terreno de 70 mil metros quadrados, equivalentes a um terço da Jerusalém original. A cidade é cercada por uma muralha de pedra com sete portas e setenta torres de sete metros, além da qual a paisagem natural, semelhante à árida Judéia, empresta mais realismo ao cenário. No seu interior, os atores e figurantes são seguidos de perto por cerca de oito mil espectadores, que percorrem os arruados e os nove palcos-platéia.
Com 100 mil m², nove palcos monumentais e a participação de 500 atores e figurantes, o espetáculo conta ainda com os mais modernos recursos tecnológicos de som, luz e efeitos especiais. A presença de artistas conhecidos nacionalmente é sempre uma atração à parte para o sucesso da Paixão.
O grande fascínio do espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém não está apenas na grandiosidade das construções, na atmosfera cristã que ali se respira e na beleza da história de Jesus. Está também na participação ativa do público, diante da mobilidade das cenas. Entre um ato e outro, uma multidão movida pela fé caminha entre os cenários, transportando-se por algumas horas à época de Cristo, revivendo sua saga e renovando os sentimentos cristãos. Do Sermão à Ressurreição, olhos atentos acompanham com paixão o resultado do trabalho de 40 anos, que transformou um sonho no maior teatro ao ar livre do mundo.
Encenada durante duas horas e meia, a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é uma experiência única, a sua grande oportunidade de vivenciar a mais emocionante história da humanidade.
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