O espetáculo começou às 19:15.
A trilha sonora da Família Adams já indicava que o tema não seria levado tão à sério assim...
Uma bruxa egocêntrica. Um lobo bobo. Um príncipe exigente.
"De quem é o conto afinal de contas" mostrava os personagens questionando sua importância nos contos de fadas. As mocinhas são sem graça, os vilões sempre levam um castigo injusto e o príncipe não tem seu devido valor nas histórias.
Diante disso a bruxa chama o lobo para escreverem um novo conto juntos, onde apenas eles seriam os personagens principais (ela muito mais do que ele). Mas quando surge a necessidade (e a vaidade) de se ter um companheiro amoroso, a bruxa coloca o príncipe na trama, e junto com ele começam todos os seus problemas.
A disputa de domínio e o querer levar vantagem na situação leva um conflito inusitado.
Em meio a isso, o lobo mau, desprovido de inteligência tenta à todo custo ter um lugar de destaque ou, pelo menos, sair da história sem nenhuma escoriação.
Chega-se à conclusão que não há como você querer estar em um lugar que não é seu. "Cada um no seu quadrado!" dia Flávio Rocha, ainda com a maquiagem do Lobo Mau. A Bruxa, exemplo de egoísmo e vaidade, gostaria de ser protagonista e ter todas as regalias de uma mocinha. O Príncipe Encantado, cansado de usar roupas pomposas e sempre chegar no fim da história, quer embarcar na idéia da Bruxa e fazer com que o conto seja seu.
As crianças presentes - e eram muitas - participaram ativamente. Quando a bruxa enumera as histórias que ela e o lobo fizeram parte, uma pequena mocinha grita lá da platéia "Shrek!". Os pequenos espectadores olharam espantados para bruxa que levava no rosto as marcas de sua maldade: uma maquiagem horrenda e um nariz enorme. Ao fazer sua entrada o Lobo Mau arrancou gritos e fez o público mirim se retrair nas cadeiras. Porém, ao abrir a boca, Flávio Rocha arrancou risos de todos até o fim do espetáculo. O Príncipe Encantado manteve sua pompa desde o início, quando entra todo gentil, cumprimentando as pessoas, mas quando se vê ameçado de perder a grande chance de ser protagonista "desce do salto".
"Estamos felizes com o resultado." conta Anderson Silva "Que essa peça seja a primeira de muitas a serem feitas fora de Ribeirão Vermelho. Temos potencial para mostrar o bom trabalho que temos feito durante esse tempo!" completa.
O grupo planeja a apresentação dessa peça ainda para o mês de agosto em Ribeirão Vermelho. "Vamos trabalhar algumas pequenas falhas no texto e aprimorar algumas marcações" Elísia Juliacci sempre muito exigente com o trabalho do Coliseu. "Queremos que nossa cidade também conheça o trabalho da Chiquita Trupe. Precisamos desse intercâmbio. Nós ganhamos experiência e as cidades têm contato com arte que está tão próxima, mas que não conhecem tanto assim." diz ela referindo-se ao grupo de teatro de Perdões.
Atores e equipe retornaram à Ribeirão Vermelho impressionados com o nível cultural de sua cidade vizinha. Perdões movimenta um Inverno Cultural desde o dia 9 de junho e termina suas atividades na Casa do Bosque Pub neste sábado, com o show de Emílio Victor, artista perdoense e proprietário do local.
O Secretário de Cultura de Ribeirão Vermelho, Cassiano Alcântra, acompanhou o Coliseu e empolgou-se com o grupo. "Precisamos destacar o grupo na região. Existe um potencial muito grande de crescimento em todos eles e no que pudermos auxiliar, será feito. Agora com o Galpão Multiuso dentro do Município, o Coliseu terá um espaço correto para realizar suas atividades." O galpão a que se refere é uma grande construção próximo à ponte rodo-ferroviária de Ribeirão Vermelho e que faz parte do Complexo Ferroviário do Município. As reformas iniciaram há um mês e, segundo o Secretário, a previsão de conclusão será em novembro. "Seria fundamental que o Grupo Coliseu fizesse o espetáculo de inauguração desse espaço, afinal é o grupo da terra, falando da terra!" Como sugestão do próprio Cassiano, o espetáculo para abrir as atividades do Galpão Multiuso remeteria à história do aparecimento da cidade de Ribeirão Vermelho e seu envolvimento com a navegação do Rio Grande e a Ferrovia.
O GTC ainda não discutiu a proposta feita pelo Secretário Municipal. "Primeiro vamos dar continuidade às nossas atividades, principalmente ao trabalho "O MSN nos uniu!", que foi suspenso desde o final do 1º semestre." pondera Elísia Juliacci "Temos que nos reunir e discutir a possibilidade dessa apresentação no Galpão Multiuso. Particularmente eu gostaria muito, mas não decido pelo grupo todo e não faço o espetáculo sozinha. Nós somos em torno de 30 pessoas entre elenco fixo, equipe técnica e colaboradores, então, é necessário pensar no que é viável para todos."
Vamos torcer para que tudo dê certo e possamos ver o Coliseu em cena mais uma vez!
Ao final do show, os ribeirenses saborearam
o pastel mais famoso de Perdões!
Obrigado, Helga Maria!!!
O Coliseu agradece a oportunidade que a
Prefeitura Muncipal de Perdões ofereceu ao grupo.
Ailton, você é SHOW!
Nossos agradecimentos especiais
ao público presente na APAE
Vocês fizeram o espetáculo acontecer!
Obs.: Em breve as fotos do espetáculo "De quem é o conto afinal de contas?" na APAE de Perdões serão postadas no orkut do Coliseu
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